segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

(sem título)

Não existe nada melhor que conviver com alguém que a gente conheça. Conhece os defeitos, as qualidades, modera o que vai falar ou apenas a evita, caso o choque entre personalidades seja freqüente. Você pode ter "um pé atrás" ou "os dois pés na frente". Pode gostar muito ou não gostar nada, só não pode ser indiferente. A vida seria bem mais fácil se todos nós fossemos parecidos (ou não?). Fato é que, mesmo compartilhando alguns genes, as pessoas são muito diferentes.

Mas note, quem é você no meio da multidão? Talvez "mais um" seja eufemismo para "ninguém". Você não é ninguém. Você só é mais um. Você não tem identidade. Você só está ali. É entre os seus que você tem valor. É entre os seus que você tem identidade. Sacou a importância?

O ser humano é um ser sociável, embora muita gente esqueça desse detalhe. Por isso, a convivência é tão importante. Mas quem disse que conviver é fácil? É ir contra princípios ou fazer o seu princípio ser o princípio do outro. É aceitar o que lhe é imposto...ou impor. É falar ou escutar. É insistir ou ceder. Conviver é paradoxal.

Tudo isso nos leva à questões comuns da humanidade: de onde viemos? pra onde vamos? e, principalmente, qual a nossa tarefa na Terra? Muitas pessoas já passaram por aqui. A gente olha para o mesmo céu que nossos antepassados olharam há muitos anos. E é nessas horas que dá vontade de deixar uma marca da minha passagem aqui na terra, de não ser só mais uma. De ser alguém.